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terça-feira, 17 de maio de 2016

"Não posso botar a mão no fogo por Temer em relação ao 'petrolão'", diz Delcídio

Em entrevista para a TV Cultura, o senador ainda afirmou que não se beneficiou do esquema de corrupção da Petrobras; segundo ele, Michel Temer indicou ministros "fraquinhos"

O senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS) afirmou, na noite desta segunda-feira (16), que não pode "botar a mão no fogo" pela inocência do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) sobre suposta conivência com o esquema de corrupção na Petrobras. "Não posso botar a mão no fogo, até porque não conheço bem as relações dele", disse Delcídio, ao participar do programa Roda Viva, da TV Cultura.
Questionado sobre a indicação de Jorge Zelada para diretoria Internacional da Petrobras, atribuída em delações premiadas da Lava Jato a Temer, Delcídio pontuou, contudo, que não sabe se o peemedebista tinha ciência dos desvios de Zelada no cargo. "Quando você indica alguém pro governo, não quer dizer que indicou alguém pra roubar. Às vezes, você indica alguém que tropeça, lamentavelmente isso acontece nos governos", ponderou. "Prefiro acreditar que ele (Temer) tenha endossado a indicação da bancada (do PMDB), mas vejo com muitas preocupações o que vem por aí."
O senador cassado admitiu que errou ao ter, segundo sua versão, aceito a pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente afastada Dilma Rousseff para tentar obstruir a Justiça ao tentar interferir nas investigações da Lava Jato. Delcídio foi preso depois de ser flagrado em áudio tentando ajudar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a fugir do País.
"Acabei cometendo esse deslize e fui efetivamente denunciado por obstrução da Justiça. Quero destacar, é uma falha grave pela qual me desculpei, não deveria ter feito isso. Agora, não fui acusado por roubo, desvio de dinheiro, conta no exterior", afirmou.
O senador cassado negou reiteradamente ter se beneficiado pessoalmente de recursos desviados no petrolão, como apontado em delações como de Cerveró e de Fernando Baiano, considerado o operador do PMDB no esquema de desvios. Segundo Delcídio, após passar por procedimentos de depoimentos "rigorosíssimos", ele "passou a limpo" tudo que se dizia sobre sua pessoa. "Não me beneficiei, isso ficou muito claro", enfatizou.
Ministros "fraquinhos"
Delcídio ainda afirmou torcer para que o governo Michel Temer (PMDB) dê certo, mas que os primeiros passos da gestão preocupam. Segundo Delcídio, Temer indicou "alguns ministros fraquinhos", citando como exemplo o titular de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. Além disso, o ex-senador apontou como problema o fato de Temer não ter base social.
"Acho que o presidente Temer tem um grande desafio pela frente. Nomeou Meirelles (Fazenda), um nome importante, Serra (Relações Exteriores), que é um nome relevante, faz 'nhem nhem nhem', mas é qualificado, mas fomos de oito para 80. Antes tinha político de menos e agora temos um governo com político demais. Alguns ministros são bem fraquinhos, o de Minas e Energia por exemplo, e estou falando porque sou da área. Tem que colocar gente que conheça", criticou o senador cassado, o participar do programa Roda Viva, da TV Cultura.
"Os primeiros passos preocupam muito, o governo Temer não tem base social nenhuma, não é fácil governar assim um País complexo como o Brasil. Temer vai precisar ter muita coragem para adotar as medidas duríssimas na economia."
Fonte: Ultimo segundo

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