Jayme Matarazzo foi descoberto quando levou comida ao pai na Globo
Mais uma vez no papel de mocinho, Jayme Matarazzo conquista o público com os seus personagens românticos e com ares de herói. Em "Haja Coração", ele é Giovanni, que ao lado de Camila, interpretada por Agatha Moreira, forma o casal que ganhou torcida do público. Na vida real, Jayme, que emenda sua sétima novela, tem orgulho em ser reconhecido por seu trabalho, desmitificando o rótulo de estar na TV por ser "filho do diretor".
Apesar de respirar arte desde que nasceu – ele é neto da cantora Maysa (1936-1977) e filho do diretor Jayme Monjardim – Jayminho, como é conhecido, não tinha pretensão em ser ator. Estudou cinema para trabalhar com o pai como assistente de direção e, enquanto exercia a função minissérie "Maysa – Quando Fala o Coração", em 2009, foi convidado para interpretar o pai em uma das fases. Não parou mais.
"Os astros devem ter me dito que não tinha como fugir do óbvio. Sempre gostei de arte, mas estudei cinema, nunca me imaginei atuando. Em 'Escrito nas Estrelas' (2010) ganhei o papel por acaso. Vim até o Projac trazer comida para o meu pai, quando uma moça me parou no estúdio e perguntou se eu não queria fazer um teste para o anjo da novela. Neguei duas vezes até que ela me convenceu. E ganhei o papel de protagonista", conta ele em entrevista ao UOL nos bastidores da gravação de "Haja Coração", nos Estúdios Globo, no Rio.
Paixão avassaladora
Na novela, Giovanni é um jovem de bom caráter que foi preso injustamente acusado de explodir o Grand Bazzar. Namora Camila, que antes de perder a memória o acusou em depoimento de ter sido responsável pela tragédia, e ele ficou preso por dois anos. Ao deixar a cadeia, Giovanni só queria se vingar da fotógrafa, mas se apaixonou pela nova Camila. Mas o casal enfrenta a ira de Bruna (Fernanda Vasconcellos), ex de Giovanni, que faz de tudo para separar o casal.
"Eles vão enfrentar tudo para ficarem juntos. Mas ele tem um cuidado com a Bruna, que apesar do temperamento forte, ficou do lado do Giovanni nos momentos mais difíceis. Mas o que ele sente por ela é amizade, consideração, gratidão. O Giovanni é muito justo. Mas ela não entende o término do namoro e se mostra desequilibrada, dúbia, que faz qualquer coisa por esse amor. Eu adoro o casal Giovanni e Camila, a história está muito bem amarrada", explica Jayme.
Nas redes sociais, o casal foi batizado de Gimila. Sempre que aparecem na trama, o nome fica entre os trending topics do Twitter. "O público ama, recebo muita mensagem das pessoas que querem que os dois fiquem juntos a novela toda. Estamos no ápice da trama, teremos grandes reviravoltas. Giovanni ainda vai sofrer muito", adianta.
Jayme classifica a paixão de Giovanni por Camila como avassaladora, uma vez que ela foi a responsável por colocá-lo na cadeia. Questionado se não seria uma obsessão do jovem pela fotógrafa em busca de vingança, ele defende que o personagem se apaixonou de verdade por uma outra Camila. "Ela perdeu a memória e não é mais aquela mesma. Não dá para explicar direito, mas ele não guarda mágoas, não quer vingança. A vida deu uma segunda chance e ele só quer provar sua inocência e que a Justiça seja feita", conta o ator.
A trama de Giovanni e Camila chega a ofuscar a história principal dos protagonistas Tancinha (Mariana Ximenes) e Apolo (Malvino Salvador). Jayme justifica que sabia que a história de seu personagem ganharia destaque no decorrer da novela, mas ameniza ao dizer que autor, Daniel Ortiz, dá espaço para todos os núcleos se destacarem.
"A novela tem tom leve, explora a comédia e todos os núcleos se relacionam. Tem espaço para todo mundo, todas as tramas são exploradas. É uma delícia de fazer", diz. Depois de "Escrito nas Estrelas", ele emendou "Cordel Encantado" (2011), "Cheias de Charme" (2012), "Sangue Bom" (2013) e "Sete Vidas" (2015), nesta ele viveu Pedro, uns de seus personagens favoritos: "Foi a novela mais linda e realista que já trabalhei".
O ator diz que evoluiu como ator e que é movido a desafios. "Se me derem um vilão, darei o meu melhor. Mas mocinho é mais difícil, tem que tentar não deixar caricato, senão ele acaba sendo chato e tendo rejeição do público. Adoro aprender. Sou muito aberto, esse é um grande trunfo", afirma.
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