Tudo a saber e ver: App anticoncepcional ganha aval de agência reguladora americana

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

App anticoncepcional ganha aval de agência reguladora americana

Plataforma funciona como uma espécie de tabelinha digital

Fonte: Noticias ao minuto
© Pixabay
 App anticoncepcional ganha aval de agência reguladora americana

Uma mulher do século 21, aceitaria a ideia de largar a pílula hormonal, o DIU (dispositivo intrauterino) e a camisinha feminina ou masculina para confiar a contracepção a um aplicativo?
Essa é a ideia do Natural Cycles (ciclos naturais, em tradução livre), recentemente aprovado pela FDA (agência americana responsável pela regulação de drogas e alimentos nos Estados Unidos) para prevenção de gravidez.
                     
O aplicativo, indicado para mulheres a partir dos 18 anos, funciona como uma espécie de tabelinha digital, que calcula os prováveis dias de fertilidade da mulher com base em medições de temperatura.

As mulheres que usam o aplicativo anticoncepcional precisam diariamente medir sua temperatura, imediatamente após acordarem, com um termômetro basal, que é mais sensível do que os mais comuns. Em seguida, os dados coletados vão para o aplicativo, que monitora o ciclo menstrual das usuárias.

Segundo comunicado da FDA, "as mulheres que usam o aplicativo devem se abster de sexo ou usar proteção (como camisinhas) quando a informação 'use proteção' aparecer no programa". O aviso é apresentado em dias de maior probabilidade de fertilidade.

Antes da aprovação pela agência americana, o aplicativo foi testado, durante cerca de oito meses, por mais de 15 mil mulheres.

Em casos de uso perfeito -seguindo exatamente o indicado pelo programa e fazendo as medições nos horários corretos-, a taxa de falhas foi de 1,8%.

Já nos casos de uso um pouco mais descuidado -fazendo sexo com penetração vaginal desprotegido em dias apontados como férteis- a taxa de erro ficou na casa dos 6,5%.

Para efeito de comparação, a camisinha masculina tem taxas de falha de cerca de 2% com uso correto e que chegam a 18% com uso menos regrados, segundo a Organização Mundial da Saúde.


Em meio a tudo isso, um enorme porém: trata-se de uma tecnologia que pode ajudar na prevenção da gravidez, mas não de doenças sexualmente transmissíveis.

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