O juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba, mandou soltar nesta quarta-feira oito investigados que estavam presos temporariamente por causa da investigação da Polícia Federal na Operação Carne Fraca. O magistrado também prorrogou por mais cinco dias a prisão de outros três alvos de mandados de prisão.
O Ministério Público Federal (MPF) havia pedido a prorrogação da prisão apenas do acusado Rafael Nijori Gonçalves, “tendo em vista que ele ainda não foi ouvido perante a autoridade policial”, diz a decisão.
Já a Polícia Federal pediu a prorrogação das prisões temporárias de Alice Mitico Nojiri Gonçalves, Antonio Garcez da Luz, Brandizio Dario Junior, Celso Dittert de Camargo, Leomar José Sarti, Luiz Alberto Patzer, Marcelo Tursi Toledo, Mariana Betipaglia de Santana, Osvaldo José Antoniassi, Rafael Nojiri Gonçalves e Sidiomar de Campos.
Segundo o juiz, no grupo dos presos temporários encontram-se servidores que integravam o “escalão intermediário” da organização criminosa instalada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na superintendência do Paraná (MAPA/PR).
“Embora não pertencendo diretamente ao grupo que coordenava e arquitetava as ações espúrias servindo-se da condição de servidores públicos, a elas aderiam de diversas formas (Osvaldo, Brandizio, Celso, Sidiomar, Leomar, Luiz, Marcelo e Antonio). Também tiveram contra si deferidas as prisões temporárias os familiares dos principais investigados, visto que auxiliavam diretamente para a ocultação e dissimulação dos recursos e benesses recebidos (Alice, Mariana e Rafael). Da leitura da representação policial pela prorrogação das medidas entendo não ser, ao menos neste momento, necessária a manutenção das prisões temporárias por mais um período de 5 dias com relação a esses investigados”, escreveu o juiz na decisão.
Carne Fraca
A Operação Carne Fraca mira corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entre as empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona da Seara e da Big Frango, a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão, e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.
Fonte: Msn
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