Com 34 metros de comprimento, ‘asteroide surpresa’ passa próximo à Terra
Se ainda existiam dúvidas de que asteroides poderiam passar perto da Terra sem ser percebidos com antecedência pelos radares das agências espaciais, agora não restam mais. Nesta segunda-feira, um asteroide com até 34 metros de comprimento passou bem perto do nosso planeta – a uma distância que corresponde à metade do espaço que separa a Terra da Lua. Segundo a companhia Slooh, que faz transmissões de eventos espaciais, a rocha só foi identificada no sábado por pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
A possibilidade de que um asteroide potencialmente perigoso passe despercebido e se aproxime da Terra sem aviso prévio preocupa os cientistas. Recentemente, um pesquisador da Nasa declarou que a Terra não está preparada para se defender de uma colisão com um asteroide com grande potencial destrutivo. O governo americano também divulgou um documento oficial que determina uma série de estratégias para lidar com esse cenário antes, durante e após o possível impacto com objetos próximos da Terra (NEO, sigla em inglês para Near Earth Objects).
Por sorte , pesquisadores da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criaram um simulador chamado Impact Earth! que é capaz de prever quais seriam as consequências se a rocha, identificada como o asteroide 2017 AG13, colidisse com o planeta. Apesar do objeto ter o tamanho de um prédio de dez andares e viajar a uma velocidade equivalente a 16 quilômetros por segundo, os cientistas afirmam que provavelmente o impacto não seria tão devastador quanto parece.
De acordo com os pesquisadores, se a colisão acontecesse a uma inclinação de 45 graus, o choque liberaria uma quantidade de energia dezenas de vezes maior do que a bomba atômica que explodiu em Hiroshima. Porém, como o asteroide estaria a uma distância 16 quilômetros em relação ao solo, os efeitos do impacto seriam bem menores. A companhia Slooh afirma que, por ter um tamanho semelhante ao asteroide que atingiu a cidade de Chelyabinsk, na Rússia, em 2013, as consequências terrestres de uma possível colisão com 2017 AG3 seriam parecidas – incluindo vidros quebrados e alguns prédios danificados.
A aproximação de asteroides como esse não é um evento incomum. Segundo dados do Near Earth Program, da Nasa, outros 38 objetos passando próximos à Terra são esperados só no mês de janeiro.
Estrela a caminho da TerraHá bastante tempo os cientistas sabem que uma estrela com metade da massa do Sol está a caminho da Terra. Batizada de Gliese 710, atualmente ela se encontra a uma distância de 64 anos-luz da Terra – um ano-luz equivale a mais de nove quadrilhões de quilômetros. A mais nova estimativa dos cientistas, divulgada em novembro de 2016 em estudo publicado no periódico Astronomy & Astrophysics, é que a estrela vermelha se aproxime da Terra em 1,35 milhão de anos – o problema é que ela não chegará sozinha.
Apesar de passar muito perto do nosso planeta em termos cósmicos – cerca de 77 dias-luz, que corresponde a uma distância de 2 trilhões de quilômetros –, até onde se sabe, a estrela não colidirá com a Terra. Porém, para alcançar nosso planeta, ela passará pela nuvem de Oort, uma grande concentração de cometas no limite do sistema solar.
Por mais distante que pareça, a colisão dessa estrela com partes da nuvem pode espalhar cometas por todo o sistema solar – e, eventualmente, alguns deles podem atingir a Terra.
Alguns cientistas ainda acreditam que um evento semelhante há milhões de anos atrás pode ter dado origem à trajetória do cometa responsável pela extinção dos dinossauros rumo ao nosso planeta.
(Com informações da VEJA.com)
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