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sexta-feira, 17 de junho de 2016

Depois de 7 décadas longe dos livros, idoso de 89 anos vai se formar na universidade

Ele ficou 7 décadas longe dos livros... e agora, aos 89 anos, vai se formar!
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Em agosto deste ano, Celestino Costella completará 90 anos.
Por coincidência será o mesmo mês em que ele finalizará o seu curso de graduação em Pedagogia. Costella é o aluno mais velho na Universidade Caxias do Sul e o seu entusiasmo com a educação é motivo de inspiração para toda a faculdade.
Por isso, o seu diploma terá um sabor especial. Ele ficou 74 anos distante dos livros, mas ao se aposentar, resolveu que era o momento de se reaproximar das salas de aula e se matriculou no curso Educação de Jovens e Adultos (EJA) para completar o ensino médio.
Em 2009, ele foi aprovado no programa da Universidade da Terceira Idade e cursou as disciplinas “Memória: qualificando a vida”, “Informática” e “Filosofia da História”. Foi então que ele descobriu sua afinidade com o curso de pedagogia.
A idade avançada não o impediu de encarar o sonho que não conseguiu realizar quando era mais jovem.
Vindo de uma família com outros 16 irmãos, ele precisou auxiliar, desde cedo, na renda familiar: Trabalhou na agricultura, em uma pedreira, e por mais de 40 anos foi motorista de caminhão.
Outro obstáculo driblado foi o deslocamento diário para chegar até o campus universitário. Costella vive com sua esposa em Veranópolis e diariamente embarcava na condução para assistir as aulas em Bento Gonçalves. Em entrevista ao G1, ele não nega o orgulho de si.
"Estou muito feliz. Não pensava que chegaria até aqui aqui."
Apesar de tanto tempo longe dos estudos, Costella ainda mantém a memória afetiva que o conecta a seus primeiros passos na escola, como compartilhou em entrevista ao site da Universidade.
“Lembro do prédio escolar, todo de madeira de pinho. A divisão da sala de aula era com duas fileiras de bancos, que separavam as classes escolares. A mesa da classe tinha um buraquinho redondo, onde se colocava o vidrinho de tinta, para que, com uma pontinha em forma de caneta, molhava-se para poder escrever. Hoje as canetas estão prontas com a tinta: é só escrever."
O futuro professor não tem dúvidas de que sua experiência universitária foi enriquecedora em todos os sentidos: “Posso dizer que valeu a pena embarcar muitas vezes no ônibus para buscar a aprendizagem junto a profissionais competentes”.
Como pedagogo, ele acredita que “a educação deve ser o objetivo principal para o bem-estar de toda a humanidade." Não diferente, suas conquistas em relação aos estudos demonstram que a universidade vai muito além do conteúdo absorvido nas salas de aula e no preparo de profissionais para o mercado de trabalho. É, sobretudo, um espaço e uma oportunidade de se construir novas formas de se relacionar com o outro e, por que não, de pensar um novo futuro para a sociedade.
idoso graduação
Fonte: Huffpost Brasil

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